O projeto Novas Vidas – O Futuro é Agora visa integrar jovens migrantes no mercado de trabalho de São Paulo, através de uma metodologia de planejamento de carreira, garantindo um processo de integração socioeconômica que esteja conectada aos objetivos pessoais e profissionais dos beneficiários. A iniciativa apoia cerca de 200 jovens migrantes em São Paulo, principalmente mulheres e pessoas LGBTIQA+, entre 18 e 25 anos. O projeto é uma realização do Instituto Adus em parceria com a OIM, Agência da ONU para as Migrações e conta com o financiamento da Western Union Foundation.
Historicamente, a cidade de São Paulo acolhe pessoas migrantes de diversas nacionalidades, e em 2023, a cidade continuou sendo o principal destino de pessoas migrantes no país, conforme aponta o relatório anual do Observatório Internacional das Migrações (OBMIGRA). Entretanto, os migrantes em São Paulo enfrentam frequentemente uma série de obstáculos que vão desde questões sociais e econômicas até culturais e jurídicas, gerando dificuldades para a integração socioeconômica e o desenvolvimento destas pessoas.
Há um número crescente de jovens migrantes no Brasil, mas apenas um terço deles com idades entre 15 e 29 anos está atualmente empregado no país, segundo dados do Observatório de Migrações (OBMIGRA). Este número é ainda menor entre as mulheres e os migrantes de países das regiões da África e das Caraíbas. Por isso, o acesso equitativo à educação, formação, serviços públicos e ao mercado de trabalho formal é crucial para capacitar e proteger os jovens migrantes vulneráveis.
Com o projeto Novas Vidas – O Futuro é Agora a intenção é proporcionar aos jovens migrantes perspectivas de progressão na carreira, rendimento sustentável e melhor qualidade de vida. Com uma abordagem de gênero e foco na capacitação destes jovens, o projeto promove a autonomia dos beneficiários, desenvolvendo um plano de vida que busca conduzi-los num caminho de prosperidade, aumento de rendimentos e qualidade de vida na comunidade de acolhimento.
“A cidade de São Paulo demonstra grande potencial econômico e oportunidades para os migrantes, mas é necessário promover a inclusão econômica destes jovens, proporcionando oportunidades de trabalho digno e de geração de rendimentos. Por isso, é essencial envolver todos os setores da sociedade para que não haja tantos obstáculos ao longo desse processo”, comenta Marcelo Haydu, diretor do Instituto Adus.
O Instituto Adus é o responsável por oferecer formação profissional, auxílio nos processos seletivos e networking, preparação de beneficiários para entrevistas e processos de recrutamento, acompanhamento do processo de contratação e pós-contratação, além de sessões com especialistas de RH sobre como preparar um bom currículo, se apresentar em entrevistas de emprego, entre outros. Tudo isso em cooperação com o governo local e federal, fortalecendo a parceria do Instituto com importantes autoridades governamentais.
“Acreditamos que a promoção da integração socioeconômica de jovens migrantes é parte fundamental da construção de sociedades inclusivas e reconhecemos o papel central desses jovens na formação do nosso futuro. Estamos comprometidos em capacitar os jovens migrantes e garantir apoio para o acesso à oportunidades de geração de renda, reconhecendo seus talentos e suas aspirações e impulsionando o desenvolvimento sustentável. Somente poderemos alcançar estes objetivos através de esforços colaborativos, por isso, a parceria com o Instituto Adus nesta jornada é tão importante”, falou a coordenadora de projetos da OIM Victoria Oliveira.
Sobre a OIM, Agência da ONU para as Migrações
A OIM foi criada em 1951, é o principal organismo intergovernamental no campo da migração e trabalha em estreita colaboração com parceiros governamentais, intergovernamentais e não governamentais. Contando com 175 Estados- membros, 8 Estados observadores e escritórios em mais de 100 países, a OIM dedica-se a promover uma migração segura, ordenada e digna para o benefício de todas as pessoas.