O Instituto Adus é uma ONG que promove a integração de refugiados na sociedade brasileira desde outubro de 2010. Nós, do Adus, sabemos que a busca por refúgio não é uma escolha. É um direito. Refugiados são pessoas em situação de risco e vulnerabilidade, que tentam recomeçar suas vidas com segurança.
Sua migração forçada ocorre por causas diversas, incluindo perseguição, conflitos armados e violações de direitos humanos. Essa é uma realidade global e o Brasil é um dos países que assumem deveres e obrigações legais relacionadas ao acolhimento de refugiados. Ao exercer esse compromisso, nosso país colhe benefícios econômicos, culturais e sociais. Nesse contexto, o Adus apoia aqueles que chegam ao Brasil, para que possam escolher os seus caminhos de forma autônoma e consciente.
Na prática, oferecemos ao refugiado todo o suporte para conseguir documentação, intermediação com órgãos públicos e outras ONGs, capacitação, intermediação junto a empresas para colocação profissional e ensino de português. Também somos responsáveis pela escola de idiomas Nós, o Mundo, onde professores refugiados ministram aulas de inglês, francês e espanhol.
O Adus é uma organização laica e apartidária. Acreditamos que integrar só é possível graças à mobilização da sociedade civil e parte do trabalho que realizamos acontece por meio de voluntariado, com baixo custo e alto impacto social.
Nosso histórico
A ideia do Adus surgiu no começo de 2010. Nos primeiros meses de trabalho, enquanto o Instituto ainda buscava sua identidade, a contribuição de Guilherme da Cunha foi fundamental.
Realização da Assembleia de fundação e aprovação de seu primeiro estatuto social.
Realização da primeira reunião geral, que contou com a presença de pessoas interessadas em apoiar a proposta e outras instituições.
O Adus foi convidado para visitar Mogi das Cruzes-SP. Na ocasião, representantes do Instituto estiveram reunidos com lideranças e refugiados locais.
O curso foi voltado para os primeiros voluntários. O programa contou com o apoio de instituições, pesquisadores e lideranças que trabalhavam com o tema do refúgio e foi estruturado em quatro palestras, que totalizaram 12 horas.
Realização do primeiro de muitos encontros com refugiados. A cada encontro o número de participantes crescia.
Adus recebe do Ministério da Justiça do Brasil a certificação de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.
O Adus lança o seu primeiro curso de português. A iniciativa foi viabilizada tendo a Wizard Idiomas como parceira. Novas turmas foram lançadas nos meses seguintes.
As 200 pessoas que estiveram nesta atividade cultural jamais se esquecerão da diversão e da integração entre as pessoas. Foi o primeiro grande evento do Adus e o primeiro dos eventos em parceria com o Atados.
Os refugiados da primeira turma do curso de português superaram obstáculos aprendendo a língua. A cerimônia de entrega dos diplomas foi marcada por muita alegria.
O Brasil recebeu a Copa do Mundo de futebol em 2014. O Adus, junto de seus parceiros e da sociedade civil (via financiamento coletivo), promoveu a Copa do Mundo dos Refugiados. Mais de 200 refugiados estiveram presentes e 150 voluntários participaram da organização.
Depois de quase cinco anos de existência, o Adus conquistou o sonho de ter sua sede própria. Esta realização possibilitou a ampliação das ações dos Programas do Instituto, além de um atendimento mais presente aos refugiados.
Criamos o projeto Nós, o Mundo, inicialmente chamado de ConectAdus.
Conquistamos o Selo Direitos Humanos.
A atriz Denise Fraga torna-se madrinha do projeto Adus.
A pandemia do coronavírus transformou 2020 em um ano desafiador e difícil, inclusive para os refugiados no Brasil.
Pensando em chamar a atenção para a causa dos refugiados no país, o Instituto Adus criou o programa Embaixadores da Diversidade, que reúne personalidades referências em suas áreas de atuação.
Para quem trabalhamos
Refugiados
Refugiados são pessoas que deixam seus países de origem por causas relacionadas à perseguição por raça, religião, origem, grupo social ou opinião política, assim como conflitos armados e violações de direitos humanos. Refugiados são pessoas em situação de risco e vulnerabilidade, que tentam recomeçar suas vidas com segurança.- A mudança de país em migração forçada pode gerar o trauma da perda dos laços sociais. Ao contrário do migrante, que escolhe viver em outro país por motivações pessoais, o refugiado não tem proteção de seu país de origem e não pode voltar quando quiser.
- O refúgio é um direito humano e o Brasil tem deveres e obrigações legais relacionadas ao acolhimento de refugiados. De acordo com a Lei de Migração (nº 13.445/2017), o movimento migratório é considerado um direito humano, garantindo ao imigrante condições de igualdade aos nacionais em relação a inviolabilidade do direito à vida, segurança, prosperidade e liberdade, assim como o acesso a serviços públicos de saúde, educação e outros. Além disso, a Lei Lei Federal nº 9.474/97 estabelece o Estatuto do Refugiado, bem como os deveres do Estado em relação ao acolhimento de pessoas que buscam refúgio.
- O perfil dos refugiados no Brasil é heterogêneo, mas apresenta algumas constantes como o alto grau de escolaridade e o conhecimento do português. Segundo uma pesquisa de 2019 realizada pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), 34,4% dos refugiados no Brasil concluíram o Ensino Superior e 92,2% dos participantes declararam falar português.
- A integração de refugiados traz benefícios econômicos, sociais e culturais ao Brasil. Além de contribuírem para o desenvolvimento do país com seu conhecimento aplicado ao mercado de trabalho, muitos estrangeiros também movimentam a economia e a cultura por meio do empreendedorismo.